- Área: 2017 m²
- Ano: 1898
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Fotografias:Pedro Napolitano Prata
Descrição enviada pela equipe de projeto. Construída originalmente em 1911 segundo um projeto padrão de autoria do arquiteto Hercules Beccari, esta escola ocupa um dos quarteirões centrais do município de Joanópolis, e se situa entre os edifícios mais representativos do núcleo histórico da cidade. Sua implantação simétrica no centro da quadra, assentada a meia altura do aclive, impõe uma presença marcante do pequeno núcleo original, composto por apenas quatro salas de aula divididas em duas alas simétricas, divididas naquele tempo entre ala feminina e masculina.
Durante o curso de quase um século, a escola passou por uma série de reformas e ampliações para complemento de seu programa didático, que resultaram na descaracterização do conjunto arquitetônico: embora tenha crescido para atender às novas demandas, o edifício teve a sua organização funcional prejudicada, comprometendo o potencial dos amplos espaços de que dispunha originalmente.
Diante da necessidade de implantação de uma nova quadra poliesportiva coberta, e do remanejamento de parte de seu programa didático, o projeto propõe a demolição de um conjunto de anexos, para organizar a ocupação de todo o quarteirão e recuperar as qualidades de sua implantação original.
A disposição de uma nova entrada de alunos pela cota superior do terreno – possibilitando-se o acesso em nível com a escola original – permite estabelecer uma nova frente urbana junto ao setor Sul da quadra, agrupando-se ali os novos programas didáticos e os espaços removidos para a liberação dos pátios externos. Este novo pavilhão, cuja altura não ultrapassa os torreões da antiga escola, implanta-se de forma discreta, como um pano de fundo contra o qual ela se destaca. Ele contribui, ao mesmo tempo, para ativar os pátios externos, que funcionam como extensões das atividades por ele abrigadas.
A conexão entre os dois edifícios se faz por meio de duas passarelas que ladeiam o antigo pátio central, que se prolonga para o interior do novo edifício de modo a configurar o seu principal espaço de convivência. É por meio deste vazio, que acumula todos os tempos históricos do edifício, que se articulam as circulações e acessos de todo o conjunto.